quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vestígios em três tempos


Dia 3


A brisa suave da manhã cinzenta na metrópole,
Fez-me sentir as primeiras gotículas de lágrimas aos olhos.
Despertamos com um bom dia em tom de despedida.
Não deixamos que um visse que o outro estava extremamente emocionado.

Uma última união de nossos corpos se fez.
Então sob a neblina, com o calor de nossos corpos quentes,
Suados e com amor suficiente para contagiar o mundo.

Nossa existência como um só fora marcada com um romântico enlace
Em pleno centro de SP.

Enrubesci, porém senti um calor por dentro que naquele momento
Tornou-me a mulher mais feliz e amada que poderia haver na face da terra.
Aquelas últimas horas juntos, antes de meu retorno,
Foram as horas mais importantes de todos aqueles momentos.

No ponto de volta, não contive as lágrimas por mais que tentasse ser firme
Foi forte, estridente.

Então eu o tinha em meus braços em meio a todo aquele tumulto,
Nossas mentes giravam como os carrosséis da infância.
Logo nos abraçamos e euforicamente nos demos aquele beijo doido da despedida.

Não olhei para trás, tive vontade de ficar, jogar tudo pro alto
Cheguei a titubear, mas sabia que naquele momento o correto seria votar ao ponto de partida
E esperar até que tudo se resolva.

Adentrando ao que me levaria de volta aos meus dias,
Não contive de nenhuma forma as lágrimas, vestindo-me do negro do dia
Deleitei-me no mais belo dos prantos que já fui possuidora,
Uma sensação de saudade misturada com alegria e a vontade de tê-lo
Cada segundinho mais junto de mim.

Enchente em 25 minutos contínuos. Incontrolável!
Enquanto observava pela janela o vôo do grande pássaro,
Pensava insistentemente naqueles três dias, até hoje os mais felizes da minha vida.

Nesse momento, aguardo a volta para meu lar,
Em meio a pessoas que eu nunca vi na vida,
Que eu duvido tenham vivido uma história tão linda
Quanto a minha e do meu amor.

A mão que descreve, é a mesma que sustenta a prova de nosso amor, Nossa união.
Lustrosa, sentimental e memorável.

Agora sob pleno controle de meus domínios, começo a fazer planos para o inverso.
Aguardando a chegada dele, que me faz sorrir , que me trás paz,
Que é meu céu e meu mar, o doce e o amargo da vida e a eternidade de minh’alma.
Sem pontos finais, essa história ficará, para que ela então tenha a continuidade
Que Romeu e Julieta jamais tiveram

Um comentário:

  1. O amor é algo viciante, não? A cada momento queremos mais e mais, saiba aproveitá-lo. Viva o amor verdadeiro!

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