quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vestígios em três tempos



Dia 2


A excitação da primeira noite juntos me deixara pronta,
Preparada para todos os momentos subseqüentes.

Amanheceu e estávamos ali, um aos braços do outro.
Um bom dia terno, magnífico como nenhum outro fora.
Nem o amargo do café tirara o doce dos beijos mais quentes,
Do conforto mais desejado.

Rumamos à enseada, um trajeto longo, porém romântico,
Com um enorme sentido: ali é realmente onde tudo se revela,
Os sentimentos mais nobres se afloram e as verdades do mundo nunca doem.

A maresia é a grande companheira dos amantes.
Envolvidos pela chuva fina, fizemos as mais lindas promessas de amor eterno
Que serão lembradas até o fim de nossos dias.

Os planos tornam-se cada vez mais reais, os sonhos já não são mais isolados.
Tudo faz sentido.

As coisas que eu ainda não conhecia, como um simples fruto da terra,
Um café da manhã simples e delicioso, trouxeram-me tanta excitação
Quanto o anseio das mãos em meu corpo em pleno anoitecer.

Nem o trânsito caótico da metrópole desconhecida me deixou menos felis.
Cada instante é um momento marcante.

O abraço quente o vento fino da madrugada,
O sorriso sempre alegre e reconfortante me faz cada vez mais
Ter vontade de viver ali, ao seu lado.

Na chegada ao rebento um banho quente, um gosto de sono
Que logo fora superado pelo desejo carnal intenso.
Algo indescritível, insuperável como eu jamais havia experimentado.

O cansaço nos vence e adormecemos ao som da noite da grande cidade.
Mais uma noite divina aos nossos olhos, aos olhos que cintilam na penumbra da noite,
Olhos certos.

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