quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ser ou sou?


Já se faz noite, e aqui

Já não sou mais eu.

Sou o "QUE" em forma de "QUEM"

Sou o nada, o sombrio da vida.


O vento uiva em forma de

Submissão ao tempo.

Encoraja-te, e enfrenta

Teus medos já que o "QUE"

Sobrepõe-se ao "QUEM".


Quem me dera ser tão corajosa

Quanto o trovão que ultrapassa

As negras nuvens.

Eles se sobrepõem sem temer o "QUE".


O que sou eu?

Eu sou o medo do erro,

A esperança do cego,

O surto da incerteza

O volátil do álcool.


Ainda tenho medo da noite,

Das lembranças que ela me traz,

Das aflições do dia, das incertezas

Do amanhã.


Eu não sou quem deveria ser.

Sou o "QUEM" e não o "EU".

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